quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Como quem foge da guerra, como quem assiste de fora

Tenho vontade de sair, sabe?!
De simplesmente dar o fora.
Sem mexer nas gavetas,
sem bilhetes na porta.

Sem mensagens no celular
Sem justificativas nem desculpas
Sem me preocupar em quem vai ficar rindo ou quem vai ficar chorando

Deixar os dvds, os cds e os tênis
Esquecer os brincos, anéis e cartões.

Largar o portão aberto, a luz acessa, o computador ligado
Caminhar para outro lugar sem precisar correr
Deixar pra trás o tempo e a necessidade de me resolver

Sair sabe, simplesmente dar o fora.
Como quem foge da guerra, como quem assiste de fora.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010


Estrale os dedos e acorde
Aquele sonho acabou
Estrale os dedos, acorde!

Deixa que a verdade esmague a sua face e cubra aquela ilusão
De tudo que esteve vivo por tanto tempo na sua lembrança... agora morre... é como carregar um cemitério na cabeça
Pegue a vassoura e varra os resquícios para longe
Da mais perfeita das histórias que você inventou

Dessa vez ela não sorri ao longe como costuma fazer de vez em quando
Ela simplesmente virou as costas e começou a caminhar em direção contraria... não é um sentimento familiar... é novo.

Anula a idéia de recompensa que você achou merecer...

Para onde meus olhos fitavam que não viram?
Eles estavam fechados e só enxergavam as imagens projetadas na minha cabeça... eles olhavam pra dentro.

Estrale os dedos é hora de acordar...

A trégua foi rompida, a tempestade não tarda a chegar