terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ciclico


Planos abandonados
Projetos pela metade
Diálogos imaginários
Muita musica
e a necessidade de um sorriso automático no rosto e na voz.

Caminhando em círculos e presa no mesmo lugar. Enquanto o "enquanto" não me abandonar.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Como quem foge da guerra, como quem assiste de fora

Tenho vontade de sair, sabe?!
De simplesmente dar o fora.
Sem mexer nas gavetas,
sem bilhetes na porta.

Sem mensagens no celular
Sem justificativas nem desculpas
Sem me preocupar em quem vai ficar rindo ou quem vai ficar chorando

Deixar os dvds, os cds e os tênis
Esquecer os brincos, anéis e cartões.

Largar o portão aberto, a luz acessa, o computador ligado
Caminhar para outro lugar sem precisar correr
Deixar pra trás o tempo e a necessidade de me resolver

Sair sabe, simplesmente dar o fora.
Como quem foge da guerra, como quem assiste de fora.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010


Estrale os dedos e acorde
Aquele sonho acabou
Estrale os dedos, acorde!

Deixa que a verdade esmague a sua face e cubra aquela ilusão
De tudo que esteve vivo por tanto tempo na sua lembrança... agora morre... é como carregar um cemitério na cabeça
Pegue a vassoura e varra os resquícios para longe
Da mais perfeita das histórias que você inventou

Dessa vez ela não sorri ao longe como costuma fazer de vez em quando
Ela simplesmente virou as costas e começou a caminhar em direção contraria... não é um sentimento familiar... é novo.

Anula a idéia de recompensa que você achou merecer...

Para onde meus olhos fitavam que não viram?
Eles estavam fechados e só enxergavam as imagens projetadas na minha cabeça... eles olhavam pra dentro.

Estrale os dedos é hora de acordar...

A trégua foi rompida, a tempestade não tarda a chegar

domingo, 19 de setembro de 2010

Parada


Às vezes acontecem coisas que me fazem perceber exatamente a idade que tenho, daí sinto que talvez não esteja no ponto da estrada em que eu deveria estar.

A impressão é que a adolescência estava aqui até semana passada. Há resquícios dela nos CDs, nas roupas e no all star que teima que ficar no pé.

Me diga agora, o que fez com os 26 anos que esteve nesse planeta até agora?

A essa altura da estrada, uma parada é inevitável. Você desce do carro, contempla a vista do mirante. Não é um olhar para trás, como devem fazer os velhos, ao fim da vida – ou devem evitar fazê-lo, dependendo -, mas um olhar em volta: isso aqui sou eu. Vai dar tempo de mudar alguma coisa?

Já deu pra notar uma certa tendência em seu comportamento e uma certa tendência de resposta do mundo em relação à esse comportamento.

Tem dado certo?

Antes de voltar para o carro e continuar dirigindo aquela sensação familiar na boca do estomago aparece. Medo.

Será que ainda dá tempo de fazer isso tudo dar certo ou pelo menos se aproximar do que seria o "dar certo".

Encontrar algo inspirador pra fazer, algo que edifique.
Trabalhar em algo que te traga satisfação, que não seja apenas um trabalho de formiga.
Será que vai dar tempo de estabelecer uma relação amigável com o espelho?
Entender o que minha mãe quer de mim?

Será que ainda será possível ter uma mão amada pra segurar nas tardes monótonas de domingo?

Será que algum dia vai ser parecido com o que eu gostaria... será?

Chave na ignição, vamos continuar...

_Menina, como você cresceu. Está com o que? 23?

_Não, 26 rsrsrs

_26?

_Sim

_ Já casou?

_Não

_Mas está quase lá.

_Não, não tenho namorado.

_Ah...

_...

_Deve estar exigindo demais dos rapazes.

_rsrsr pior que não.

_Parece que foi ontem que te via pra baixo e pra cima com aquela mochila enorme.

_é... então...

_Já se formou?

_Já. Em Publicidade e Propaganda.

_Ah, é a sua cara fazer algo assim.

_Era o que todos diziam rsrsrs.

_Trabalhando na área já?

_Não, ainda não.

_Não?

_Não.

_...

_...

_Será que chove?

terça-feira, 14 de setembro de 2010


"Me dê motivo, mas não me dê escolha"


Preciso de um bom motivo pra continuar aqui
Mas vou adiantando que eu não tenho pra onde ir
Não há nenhuma aspiração de novos horizontes
e nem qualquer possibilidade de uma vida melhor lá fora.

Nenhuma nova promessa me foi feita
e nem há perspectiva de sucesso pra qualquer um dos lados que eu possa seguir.

Não peça pra eu escolher
Por que de certo a escolha será errada
Não me dê alternativas por que elas são sempre ruins

Me dê um bom motivo...me pega pela mão
Estaremos lado à lado... não como eu sonhei, mas como deve ser

Me oriente, e farei o que for para te realocar
Pra te trazer de volta
Pra te guiar

O silêncio me incomoda
e eu só quero ter certeza de que nada vai mudar.

Tudo o que não houve está intocável e perfeito em meus devaneios.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Depois

Depois eu vejo
Depois eu falo
Depois eu digo
Depois eu calo
Depois eu faço
Depois eu penso
Depois eu passo

Depois, com tempo...

Depois eu volto
Depois eu deixo
Depois me lembro
Depois me esqueço

Já não sei mais se terei tempo
Mas isso eu vejo depois e dou um jeito.


by Lidys

quinta-feira, 19 de agosto de 2010


500 dias com ela

Quando comprei o dvd, isso porque nem me lembro de ter visto esse filme em cartaz, o fiz de forma bem descrente. Não esperava que o filme entrasse no ranking dos mais mais da minha preferência e tampouco esperava ter a sensibilidade tocada por esse roteiro.

Contudo "500 dias com ela" conquistou com simplicidade a minha simpatia.


No início do filme quando fui avisada de que não se tratava de uma história de amor e sim de uma história sobre amor, fiquei esperando um dramalhão que ia arrancar minhas lágrimas e depois seria esquecido.

De fato as lagrimas rolaram na primeira vez que vi o filme, e depois voltaram a rolar nas outras 14 ou 15 vezes que voltei a assistir, mas foi dificil não me deixar seduzir por essa história sobre o amor.

O filme conta a história de Tom que após ser deixado pela namorada Summer decide rever os momentos que passaram juntos a fim de descobrir o real motivo da separação. Nesse processo o rapaz acaba reconhecendo outra paixão que havia deixado pra trás e se desprende da promessa de amor perfeito que o mundo teima em vender.

Por que se apaixonar pelo filme?
Porque o filme nos faz lembrar de nós mesmos... de como contruímos histórias em nossas cabeças, ignoramos os avisos de ameça e nos deparamos com um romance perfeito que vivemos sozinhos... até acabar...

A trilha sonora é um show a parte, vai de The Smiths, passando por Regina Spektor e chegando até Eta Jones na voz de Kevin Michael. Pra chorar e pra rir... "500 dias com ela".